7 designers sobre as “regras” de design que sempre quebram
Escrito por Melissa Epifano
Sejam elas tácitas ou corajosamente incentivadas, as regras de design são úteis em alguns aspectos, mas também podem ser limitadoras e intimidadoras. Os dois estilos diferentes de mesas de cabeceira pelos quais você se apaixonou arruinarão o fluxo do seu quarto se você os combinar? Embora as regras tenham sido criadas para orientar designers e fãs de design, elas podem acabar com a criatividade e o pensamento inovador – dois componentes vitais necessários para transformar sua casa em uma coleção exclusiva de designs pessoais e cômodos que você adora. Esses sete especialistas divulgaram as regras que eles não têm problema em quebrar e repensar, e incluíram muitas maneiras interessantes e criativas de fazer isso com confiança.
Regra: Jogar pelo seguro com combinações de cores
Jessica Shaw, diretora de design de interiores da The Turett Collaborative, incentiva todos a deixar de lado o medo de quebrar as regras de design. “Embora existam dicas valiosas decorrentes da teoria das cores, as regras são feitas para serem quebradas – às vezes, vale tudo, e combinações de cores inesperadas funcionam bem”, explica ela.Em termos estilísticos, algumas cores ficam ótimas juntas ou uma determinada combinação pode fazer com que um cômodo emita uma certa sensação ou atmosfera, mas isso não significa que uma paleta de cores seja “correta” em comparação com outra. “A cor é uma preferência pessoal, o que funciona para você pode não funcionar para os outros”, diz Shaw. “Avalie o quanto você se sente confortável com uma determinada cor, ela lhe traz alegria ou esgota sua energia? Deixe que sua reação à cor influencie sua paleta de design. A partir daí, deixe sua criatividade fluir!”Tem medo de entrar em território de conflito? Você não está sozinho, de acordo com a designer de interiores Daria Demin NCIDQ, ASID, do CIRCA 22 Design Studio. “Acho que a regra de que tudo tem que combinar em nosso espaço está profundamente enraizada na maioria de nós”, explica ela, “mas essa é uma das regras que eu adoro quebrar. A cor ou o tom deve ser diferente para cada peça que eu escolher.”
Regra: Cômodos pequenos devem ser pintados com cores claras
Revestir espaços de tamanho pequeno com qualquer cor que não seja branco brilhante ou marfim cremoso é uma maneira infalível de fazê-los parecer menores ou mais apertados, certo? Não necessariamente. Annie Elliott, da Annie Elliott Design, diz que essa ideia é simplesmente um mito – o tamanho de um cômodo não se resume apenas à cor. “Quando você pinta as paredes (e as guarnições, e o teto!) com uma cor média ou escura, as sombras são menos visíveis e o espaço pode parecer? amplo”, explica ela. “Além disso, um cômodo pequeno com cores ricas nas paredes é tão aconchegante… quem disse que você precisa tentar fazer com que todos os cômodos pareçam grandes e claros? “A designer de interiores Karen Rohr, da Mackenzie Collier Interiors, concorda, observando que não existe uma “solução única” para fazer com que um cômodo compacto pareça amplo. “Embora algumas pessoas se gabem dos benefícios de pintar cômodos pequenos de branco para fazê-los parecer mais espaçosos, isso nem sempre é necessário ou mesmo a melhor opção”, diz ela. “Há mais a considerar do que apenas o tamanho: a luz natural do cômodo, a altura do teto e, o mais importante, a personalidade que você deseja adicionar a ele.” Seu melhor conselho é que as pessoas se sintam confortáveis com a experimentação. Experimente paletas diferentes, brinque com as dimensões e não tenha medo de reorganizar os móveis ou repensar uma escolha de pintura.
Regra: Evitar a mistura de padrões
Uma variedade de estampas não cria o resultado bagunçado e desagradável que alguns supõem. Mary Maloney, da Bee’s?Knees Interior Design, observa que não há necessidade de evitar a mistura de padrões. O segredo para fazer isso da maneira certa e garantir que as coisas pareçam complementares em vez de conflitantes é manter o mesmo tom em cada um dos padrões, ela recomenda. Até mesmo estampas notavelmente diferentes podem brilhar quando combinadas, como explica Daria Demin, do CIRCA 22 Design Studio. “Adoro combinar xadrez e flores ou pontos e listras”, diz ela. “Isso dá muito movimento e vida.” Escolher um ponto de partida pode ser intimidador, mas uma parede de destaque com papel de parede ou cortinas e almofadas divertidas com padrões diferentes é uma maneira de facilitar o processo.
Regra: Nunca pinte móveis antigos
Há uma regra tácita de que itens antigos devem ser deixados como estão. Embora algumas pessoas não gostem da ideia de alterar uma mesa antiga ou um guarda-roupa vintage, muitas vezes isso pode ser o toque único que um cômodo está desejando. O bom trabalho artesanal deve ser admirado, mas a reimaginação criativa de uma peça também. “Se você odeia um móvel porque ele é grande, marrom e pesado, considere pintá-lo”, diz Annie Elliott, da Annie Elliott Design. “Uma camada de alto brilho de tinta colorida ou branca é uma ótima maneira de dar nova vida ao móvel. E se você quiser manter um toque tradicional, considere pintar a peça de preto com listras metálicas douradas ao redor da porta e dos painéis das gavetas.”
Regra: As mesas de cabeceira têm que combinar
É hora de respirar aliviado: mesas de cabeceira que combinam não são essenciais para um quarto bem-arrumado. Além disso, há muitos modelos fantásticos de mesinhas de cabeceira no mercado para que você se limite a apenas um visual. Elliott acredita que uma seleção exclusiva para cada lado ainda pode parecer equilibrada. “Mesmo em um quarto tradicional, se você tiver uma mesa de cabeceira de um lado da cama e um baú do outro, eles parecerão harmoniosos se forem do mesmo material (uma madeira escura manchada, por exemplo)”, diz ela. “Colocar luminárias que combinam em mesas que não combinam é outra maneira de trazer unidade ao quarto.” A única ressalva é a altura, de acordo com Elliott. Desde que tenham o mesmo tamanho em termos de altura (ou próximo disso), você está garantido.
Regra: Sempre pendure os espelhos
O designer Vicente Wolf é outro especialista que acredita que as regras são feitas para serem quebradas. Elas são úteis? Claro, para coisas como distância e compreensão de como as cores funcionam juntas, ele explica, mas ignorar outras regras pode levar a espaços que realmente brilham e se destacam dos demais. Uma que ele frequentemente abandona é a ideia de que os espelhos devem ser pendurados. “A partir do final dos anos 70, comecei a apoiar espelhos contra a parede”, diz Wolf. “Eu queria um efeito diferente de algo sóbrio e convencional que quebrasse a continuidade da reflexão… Adoro usar espelhos de grande escala apoiados em uma parede… Isso permite ver o chão para cima, mudando a dinâmica do espaço e ainda se beneficiando de suas qualidades reflexivas e de expansão do ambiente.”
